quarta-feira, 14 de agosto de 2013

SER HUMANO; E DAÍ?

Ser poeta ou artista,
mas também ser humano...
Não precisa ser tísico,
deprimido e metafísico, 
arrogante ou simplório,
desleixado nem chique...
Tenha versos profundos,
cores bem abstratas,
e suas obras retratem
outras vidas e mundos
ou quem sabe outras datas,
mas tenha sempre a pessoa...
o ser humano fútil...
que ri do esmo, do inútil,
que se apaixona por glúteos,
por abdome,
que dá ou come
ou mesmo ambos,
aprecia fraque ou longo,
roupa esporte, pouca roupa,
talvez use molambos,
só não despreza os opostos...
Um artista ou poeta
que não se afete ou arrote
bafos da divindade,
nem seja o tal; seja um...
Porque poeta ou artista
também cospe; vomita...
(...)
e solta pum.

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