quinta-feira, 7 de novembro de 2013

MUNDO PLURAL

Hoje o tempo é meu sócio na vida que levo;
tenho mundo cabível na concha das mãos;
dou aos nãos do que sonho a medida real
do caminho de flores, mas também de farpas...
Não farei latifúndio do espaço excedente,
plantarei onde os olhos, a semente alcançam,
porque gente precisa partilhar o chão
pra fazer o seu campo e trasladar o céu...
Aprendi a ter tudo sem que seja o todo;
que meu tudo é meu algo, basta que me baste
sem desgaste ou batalha de vencer alguém...
Vejo além o bastante pra saber parar
onde o mar adverte que pertence ao peixe;
onde o feixe de sonhos encheu a braçada...

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