sexta-feira, 13 de junho de 2014

DE SAUDADES

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Solidão tanto faz quantos temos em volta,
se nos prende ou nos solta no meio do nada,
pois o nada converte o que julgamos tudo,
nesse frágil conjunto que uma brisa leva...
O vazio se traja das cores de cheio,
tem recheio abstrato que forja texturas,
ganha risos, abraços e vozes cruzadas
que nos dão a quimera de vida e vertigem...
Aprendi a saber quando estou solitário;
quando as caras que vejo são apenas caras;
todo mundo é ninguém pra carência da hora...
Sei de quanto barulho se faz um silêncio
e de quanta demora o momento se faz,
porque jaz no meu peito esse jazz de saudades...

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