domingo, 17 de julho de 2016

POVO & PODER


Demétrio Sena, Magé - RJ.
Desenho de Júlia Sena
Povo é molde. Medida. Experimento. No fundo, é qualquer coisa. De fato, povo é apenas coisa como gesso fresco e cimento que não secam, porque têm sempre que atender a novas formas. Novas fôrmas.
Serve como alicerce volátil de caprichos, ganância e fome de poder. É o sonhador de verdades que nem sonham ser suas. A eterna lua falsa sobre a noite que resvala para ser dia nos horizontes alheios.
O povo é argila. É a lama "mais que perfeita" nas manobras da conjugação imutável de vontades impostas por quem rege a quem elege quem manda; manipula. Faz do reino a sua casa.
Sempre foi deste jeito. Povo é massa de um bolo que ele nunca sabe se lhe cabe saber como será. E do qual jamais provou fatia. O povo é a pedra com que se auto apedreja... e seve de jogo do poder.

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