Demétrio Sena - Magé
O não acreditar em Deus nas versões disponibilizadas por livros sagrados, delírios religiosos visando graças e poderes espirituais ou status, pode até não ser ateísmo. Ou sim, por mera questão semântica, mas não no contexto do sobrenatural. Semanticamente ateu, não apreendi a soberba da certeza de que "nada existe" além do que os olhos veem. Ou eu não acreditaria nem no ar que respiro, nas dores que sinto e nos amores que nutro.
Ao contrário de todas as expectativas em questões seculares - as menos complexas, "gasosas" e profundas -, quanto mais estudo e pesquiso em espaços idôneos, mais aprendo - e apreendo - que não sei de nada. Que não há mesmo como ninguém saber, muito menos provar, sobre questões e seres insondáveis para nós.
Mas vejam só! Acredito no insondável! Não na oficialidade previsível do divino! Não nas nominatas! Não nos documentos do que não é documentável senão pelo que já é um documento do não documentável! Em razão do nome Deus, podem me chamar de ateu; realmente sou. No entanto, no profundo silêncio do que só eu sei de mim e da minha ignorância, sou apenas quem não se pode classificar. No fim das contas, um desclassificado.
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#respeiteautorias Isso é lei
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