domingo, 30 de outubro de 2016

SOCIEDADES

Demétrio Sena, Magé - RJ.



Aquela turminha que tudo pode lá na escola, segundo as próprias leis, e decretou que nenhuma emenda lhes tirará o poder, está "pê" da vida com a outra turminha. No caso, a turminha de menor peso social; que não tem condições de se misturar; não tem nada para oferecer, e assim sendo, não merece respeito.

A grande questão é que a turminha que tudo pode aprontou uma feia com a que nada pode, que não gostou nem um pouco, e a que tudo pode não gostou de a que nada pode não ter gostado. Complicadinho esse negócio, mas é por aí. Os algozes estão com trombas maiores que suas caras, em retaliação à forma exacerbada com que as vítimas reagiram. Como punição, a turminha que nada pode ficará um longo tempo sem desfrutar do privilégio, a honra ou a bênção de brincar com a que tudo pode. Isso deve ser amargo, porque brincar, ou até poder ficar perto da turminha que tudo pode não é para qualquer um. Trata-se de algo realmente precioso.
Em resumo, a reação da vítima é o trunfo definitivo do algoz. A turminha que tudo pode julga que além de poder tudo, a reação anulou a ação cometida por ela que, além de certa como sempre, desta vez pode provar por "a" mais "bê", que foi vítima da vítima. Razão perfeita para todo mundo manter a tromba e mais uma vez não baixar a crista, mesmo porque, numa turminha que tudo pode, o que não se pode mesmo é não poder.
Ainda bem que não existem aqueles ventos lendários das crendices de minha infância. Ou eles poderiam deixar a turminha que tudo pode fisicamente parecida com o que suas expressões sugerem. Imaginem vocês, um bando de animais de tromba e crista.

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