terça-feira, 12 de agosto de 2014

GUERRA DE FESTIM

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Fazes ver que o rancor se atropela no excesso;
quebra o gesso e revela essa fratura exposta;
uma força que aposta na falsa expressão
que não sabe ocultar a confusão dos olhos...
Essa ira não casa com tanta campanha,
tanto empenho e vitrine pra se destacar;
um comício constante por voz ou silêncio,
feito fogos no ar, na escuridão da noite...
Posso ver teu avesso, como todos podem,
já corrói o teu brio tanta exposição,
coração tão à vista como num painel...
Esse ódio por mim é paixão nuclear;
ele samba no ar como quem lança mísseis,
numa guerra de nervos; também de festim...

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