quinta-feira, 8 de outubro de 2015

SOBRE O SACO DOS PODERES

Demétrio Sena, Magé - RJ.


Nem a tal da Dilma, nem certo Aécio. Muito menos o Lula ou o FHC. Sequer a Marina, outros e outros mais. Governante algum, seja de qualquer instância. Nenhum parlamentar, pois todos são pra lamentar. Sendo assim, nenhum tucano ou petista. Qualquer partido, por mais inteiro ou partido que se mostre aos meus olhos que já sabem ver.
Não; não. Nem estes nem aqueles que, no fundo, são estes e aqueles. Do mesmo fundo. Do mesmo mundo. Do mesmo poço e do saco jamais puxado por mim. Estes que hoje brigam com aqueles, aqueles que amanhã darão as mãos a estes, todos fazem teatro e atendem tão somente às próprias conveniências... as de mais ninguém.
Quem quer atrito comigo por causa deles, quem tem o prazer de ganhar no grito as questões sobre quem rouba ou furta, quem ora, reza ou faz catimba, quem fede ou catinga nos gabinetes, perderá seu tempo. Não me disponho à indisposição com ninguém, especialmente com pessoas queridas, por nenhum desses calhordas da direita, da esquerda ou do centro. Nenhum desses vermes da sociedade nunca será o centro de minhas atenções, teses ou discussões acaloradas com o risco de perder amigos ou estremecer afetos familiares.
Deploro a burrice, esta sim, dos que se julgam inteligentes porque decoraram máximas, estatísticas, gráficos e informações tendenciosas de todas as grandes mídias (todas!) previamente manipuladas pelos interesses de todos os lados de todos os poderes.
Por fim, presto minha piedade aos que brigam, dão socos no vento, esbravejam, ironizam os mais simples, perdem tempo, estribeira e se desentendem com pessoas próximas, reais e queridas, em nome do endeusamento dessa gente... gente? eu disse gente?

Um comentário:

  1. Grande poeta, valeu \Demétrio. Justamente quando eu estava agora mexendo em meus arquivos e encontrei o jornal Sexto Distrito do |Reinaldo José Ferreira (lembra?) e o que eu vejo: um artigo seu intitulado "CADEIRAS AO ALTO" quando você entregava a presidência da Academia Mageense de Letras a pessoas como estas aí de cima puxadoras de sacos...É meu poeta, o tempo passa, pois você escreveu em abril/99, ano 1, edição 8a, Eis alguns trechos que é igualzinho: in verbis: "...O que seria uma academia de letras, tornou-se um grupo afeito a homenagear figurões políticos e empresários de prestigio na região...Fala-se de tudo: o longo da perua ao lado, o novo carro do vereador risonho, menos de literatura..." '..negaram-me os livros de atas e frequências, relação verdadeira de todos os membros..." E, entre outras você encerra fatídico "...Que sejam felizes os eternos donos da AML, pois ser presidente de alguma coisa, ainda que seja de um grêmio em que se faz bolinhas de secreção nasal é gratificante para eles. Fiquem em paz, como antes, revezando-se em uma presidência circular na base de uma mão lava a outra."
    Meu poeta, continua tudo como antes e vai ser eternizando nas "puxadas de saco" como você escreveu, também e eu como sempre te admirando, tanto, mas tanto, que, se você não tem o artigo "CADEIRAS AO ALTO" eu tenho, está aqui guardadinho, comigo, para fazer inveja há muitos...

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