segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

A PARTIR DO CORAÇÃO


Demétrio Sena, Magé - RJ.


Biotipos me agradam, como a todos que podem discernir. No entanto, meus gostos têm as curvas perfeitas para meus olhos. Meus olhos têm os rostos que brilham para meu rosto, e ninguém os dita para mim. Por moda nem por mídia. 
Tenho amor com nuances infantis: acho bonito na medida em que amo. Em outras palavras, o amor vem primeiro. Não existe magia, se não for assim. Quebro a tábua de qualquer lei social, quando meu coração escolhe. Desprezo fôrmas de formas e gritos de modernidade, se o meu lume sobre alguém define a sua beleza, sem saber o que dizem os especialistas oficiais ou livres... populares.
Sempre tive padrões completamente alienados, que discordam das vistas de consumo. De plásticas ou fachadas mutantes, ao sabor das épocas, ou ditadas pelos mercados que precisam vender conceitos. Lucrar com preconceitos. Nunca tive o amor como produto que se oferta pelo rótulo; pela propaganda; pelas promessas de faixa ou de vitrine.
Meu amor é tão livre, tão sem bula, que burla toda e qualquer cópia. Faz os próprios desenhos, rascunhados na essência. Quebra todos os engenhos de fazer gostar ou não. Gosta ou não, a partir de critérios próprios do gostar, para só depois achar bonito ou feio.

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