quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

AULINHA DE PORTUGUÊS


Demétrio Sena, Magé - RJ.



Toda surpresa é inesperada, e só se desce para baixo; só se avança para frente, como não existe certeza, se não for absoluta. Pleonasmo vicioso é como chover no molhado. É dizer o desnecessário, para explicar o que se auto explica.
Conheci um homem tão revoltado com os políticos, que decidiu estabelecer um protesto sistemático, da seguinte forma: viajava por todo o país, para se postar em frente às prefeituras, aos palácios de governos estaduais, câmaras legislativas de todas as instâncias e culminar com o palácio do planalto, aos berros de: "Políticos safados! Ladrões! Corruptos! Descarados! Assassinos!
Eis aí um caso clássico de pleonasmo vicioso. Aquele homem pouparia tempo, adjetivos e garganta, se tão apenas enchesse de ar os pulmões, estufasse bem o peito e pigarreasse, para gritar em alto e bom som: "Políticos!!!".

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