quinta-feira, 19 de setembro de 2013

POR DENTRO DO FORA

Dou a toda e qualquer mulher o direito de me dar um fora. Um "chega pra lá". Mas é um só. E tem que ser claro, inteiro e contundente, sob pena de o meu convencimento e minha noção escassa desconsiderarem. Quando falo de "fora" e de mulher, não me refiro necessária ou obrigatoriamente a uma intenção ou relação amorosa.
Para não haver injustiça nem argumento posterior de que o dito não foi dito, ou que pelo menos "não foi bem assim", não levo em conta o "meio fora". O fora parcial; "mais dentro do que fora". Muito menos o fora incerto, que soa mais como charme. Uma espécie de "valorização do artigo" pela majoração do preço.
Se como amiga, mulher, amigo ou homem você quer dar um fora em alguém, não faça jogo. Fazer jogo é dar um fora velado, como já dissemos, e depois não dar o fora... ou é ficar ao redor, para retornar quando queira... dar um tempo. Guardar vaga.
O jogo é sujo porque não delimita, não demarca, define ou desempata. Tem o trunfo da sinceridade do outro, que se mantém na reserva em respeito à fraqueza e à falta de respeito de quem não entra nem sai. Não vai nem vem. Não é  nem deixa de ser.
Só existe uma espécie de pessoa pior do que a que não sabe o que quer. É a que não sabe o que não quer.

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