segunda-feira, 31 de agosto de 2015

PALAVRÃO

Demétrio Sena, Magé – RJ.

Xingaria o mais alto que pudesse,
pra quebrar os andores do poder
com a fúria do verbo e do seu eco
nas tocas das excelências.
Nos covis das majestades.
Nas tocaias da hipocrisia
dos que dominam por lei
ou por farsa e graça
da liturgia.
Eu queria gritar o palavrão,
pra ferir os ouvidos do político,
do jurista e  do sabiocrata,
do mandachuva cristão,
de todos os que se arrogam
donos das virtudes
e da verdade.
Por sobrevivência ou medo,
Xingo baixinho; em segredo:
Honestidade... honestidade. 

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