sexta-feira, 25 de novembro de 2011

NA MESMA MEDIDA


Também sei desamar, desistir, devolver
o demérito, a neve, a frieza no olhar,
sei viver na penumbra, no vácuo, no vão,
sem sentir solidão, sem julgar o meu fim...
Quem quiser meu açúcar, terá de extrair;
antes disto sou cana e dou certo labor;
quem depois me trair só terá mau agouro,
ao trocar o sabor, para ser de amargar...
Venha dar e ter tudo que um laço permita,
minha carne já grita e meu íntimo clama
pela cama e porcerto por todos os dons...
Entretanto é preciso estender este alerta
de que tenho as respostas de cunho padrão;
sou ladrão de atitudes que um dia devolvo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário