terça-feira, 22 de novembro de 2011

SOLIDÃO


Quando a lua perfura o telhado precário
do meu quarto espremido entre livros e tralhas,
minhas falhas de afeto se banham nos fios
de silêncio e segredo firmados por nós...
Deixo a noite sonhar no meu sono perdido,
misturar-se aos mistérios que rondam lá fora,
faço a hora pousar nos meus olhos de prata
que refletem os raios filtrados nas frestas...
Solidão, ócio d´alma, sentidos em flor,
nostalgia profunda em noite confidente
acentua em meu ente lembranças antigas...
Na friagem que a lua envelopa e remete
com frieza implacável, dura frialdade,
tremo de saudade na geleira da cama...

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