segunda-feira, 28 de novembro de 2011

VERSOS ANTI-TORNEIOS

Nunca tenho essas ânsias do verso extremado
que arrebata platéias e arranca suspiros,
vai ao zênite, ao poço, e comove ou assusta
ou nos custa entender que um mortal o compôs...
Meu poema é pequeno e de pouco rompante,
não lamenta, protesta, enaltece ou derrama
o melado agridoce das paixões pungentes,
os apelos urgentes de amor ou civismo...
Na verdade nem sei por que às vezes permito
aos meus versos insossos a busca vulgar
de lugar destacado em torneios "diversos"...
É que sempre componho com letras tão sóbrias,
que não sobra quem queira beber no remanso
do poema sem ranço, pimenta e mostarda...

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