segunda-feira, 30 de abril de 2012

ROBOTIZAÇÃO

Desliguei os sentidos, calei sentimentos,
revesti meus instintos de gelo e neon,
para ver se propago a mais fria das calmas
em um riso sem alma, entretanto sem dor...
Foi urgente me armar da fachada que trago,
desenhar este lago na folha do rosto,
ser a placa de anúncio da minha leveza
e vender mais barato emoções de festim...
Já não dava pra ter os arroubos de afetos
que acendiam fogueiras por todo meu ser,
me tiravam de mim quanto viam por bem...
Precisava vencer esse vício da entrega,
esse amém a chamados de paixões insanas;
explodir essa regra de minha fraqueza...

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