domingo, 22 de abril de 2012

UMA HISTÓRIA POR SE FAZER

Se depender da preguiça que nos possui, continuaremos latindo em vão contra as carruagens de ofício. Contra o vício secular daqueles que sempre tragaram as nossas vidas acesas por sonhos e anseios, que renascem das guimbas todos os dias, e voltam a sonhar.
Pela nossa covardia, levaremos eternamente as pedradas do mesmo silêncio para nossas perguntas lançadas ao vento. Para o momento a momento nesta eternidade que devora esperanças e nem mesmo as arrota ou regurgita.
Os ratos do poder se alimentam das mortes que nos acompanham; dos espinhos e cacos que lanham nossas almas tortas entre os corpos cansados de tanto abandono... Tamanho descaso que se repete a cada nova etapa, nova cara, novo mandato.
Esses ratos vencerão para sempre, se nunca fizermos não apenas algo, mas muito além de latir contra suas passagens. Seus passeios pela história vazia de quem a mereça por feitos dignos, capazes de mudar vidas; fazer jus aos sonhos de um país para todos.
O sonho é legítimo... Mas o sono pesado de nossa indignação atrai o caos. Precisamos acordar para o fato de que as mudanças sociais começam dentro de nós.

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