quarta-feira, 14 de março de 2012

NOITES DE GUETOS


Há nas ruas um cheiro de sangue talhado,
cada laje ou telhado é testemunha inerte,
pelas noites urbanas resvala o dragão
que transporta o cargueiro de vidas humanas...
No silêncio evasivo das encruzilhadas
correm nadas nas veias de tudo que vive,
morrem sonhos que apagam tantos horizontes,
caem pontes de abismos entre fato e sonho...
É nas ruas que jorram detritos de salas,
gabinetes de gala derramam venenos
de projetos forjados em grandes mentiras...
Sai do lixo elitista esse lixo que mata
nas batalhas das ruas tomadas de chagas,
por adagas que rasgam futuros em massa...

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