segunda-feira, 12 de março de 2012

SINAL DE VIDA


Deixo a vida brincar de ser séria comigo;
vou nos passos do mundo e me deixo brindar
ao abrigo do rosto; esconder os meus medos,
me fazer de setembro e sequer ser agosto...
Sei fingir que não choro, sorrir do que sofro,
minha paz é lençol com brancura de cloro,
mas convenço e caminho; acredito em futuro
e consigo achar cores na ponta do espinho...
Dou ao tempo os poderes que são seus de fato;
sou apenas um flato que flui nas caladas
de momentos furtivos da própria existência...
Seja lá como for, tenho busca e sentido;
muitas vezes irrompo com cheiro de flor
e me sinto aspirado por algos e alguéns...

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