sexta-feira, 9 de março de 2012

PRATICIDADE AFETIVA


Ninguém morre de amor como se diz
no poema infeliz do mau poeta,
como sai da caneta exagerada
de quem nada encontrou que se aproveite...
Nem se vive de amor como decanta
qualquer anta que saiba usar o verbo,
feito esta que agora verbaliza
para ver se recicla o próprio entulho...
Faço versos com tal praticidade
desde quando a verdade me acordou
das mentiras do amor que nos juramos...
O poema real não tem poesia,
sentimento esvazia em nossos tanques;
haverá sempre um novo amor eterno...

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