quinta-feira, 22 de março de 2012

SEM VOCÊ

Caminhão sem ditado popular;
mar sem onda, salmoura ou horizonte;
menino sem desejo de pular,
matéria jornalística sem fonte...

Um sermão sem platéia, palco, monte,
uma casa que deixa de ser lar;
sou Rio-Niterói sem barca e ponte,
réu que vai à prisão sem apelar...

Desde sua partida estou sem chão,
qual político sem corrupção;
mais perdido que punk em monastério...

Campeão que por fim perdeu a luta,
padaria sem pão; bordel sem puta;
uma gruta vazia de mistério...

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