SOBREMORRENTE
Nadou e nadou;
a vida lhe disse
nesse nado a nado,
para cada nada
"não dou e não dou"...
E foi no que deu:
O nadador
tornou-se alado,
nadou pro vácuo...
Nadou para nada,
por todo nada,
pelos vãos dos nãos,
todos os nuncas
do para sempre...
Nadou e nadou;
na brisa, no mar,
às vezes na terra...
Foi tanto nadar,
foi tanto nada,
que a fada dos nadas
(fada nadinha)
viu tudo aquilo
e qui-lo ao lado...
Fim de linha...
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