sexta-feira, 28 de novembro de 2014

SONHANDO COM A IGUALDADE

Demétrio Sena, Magé - RJ.


Aceito, e de bom grado, qualquer gesto espontâneo de carinho. Até mesmo a homenagem sincera de quem transforma o carinho em gestos notórios. Mas rejeito medalhas, troféus e homenagens formais; instituídas. O que se transforma em comenda ou honraria não me agrada, pela pompa e a comparação com outros seres humanos.
Tenho crença no amor como a salvação da humanidade. Além do afeto que nos devemos, refiro-me ao amor pelo que se faz. O que não visa prêmios, avaliações e vitórias sobre o próximo. É a minha forma de pensar, com o devido respeito às diferentes formas de pensamento, nas quais não vejo, em maioria das vezes, maldade nem má fé. Simplesmente um desejo de superação pessoal, pela superação do outro.
Quero dizer com isto, que aprecio mais a parceria do que a concorrência. Gosto mais de fazer e conquistar junto, partilhar meus segredos e resultados, do que travar batalhas. Acho que um dueto é bem mais bonito e saudável do que um duelo.

DE PELE


Demétrio Sena, Magé - RJ.

A sociedade na qual vivo, aceita ou tolera a etnia negra... não a pele.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

ALMA SECA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Não queria, mas quero amar de novo,
pra dizer a mim mesmo que tô vivo,
há um ovo que ainda me fecunda
e renova o motivo de viver...
Tenho andado vazio feito bolha,
feito porto isolado e sem função,
folha seca varrida pelo vento
em um chão desgastado; calvo; infértil...
A minh´alma secou, está deserta,
nem um sonho pra dar algum verdor,
uma dor dessas boas de sentir...
Pelo menos voltar a ser volúvel,
dissolúvel, poroso, permeável
como sempre não quis, me rendo e quero...

DETALHE SÓRDIDO

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Os ricos que fogem da justiça estão foragidos... os pobres, estão fugidos.

AMARGA VITÓRIA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

A vitória será do mau caráter,
para quem a desonra justifica,
pois implica vencer a qualquer custo
e depois exibir o seu troféu...
Vencerá quem perdeu a compostura,
pondo a ética embaixo do carpete,
quem mistura verdades e mentiras
em um tacho sombrio e corrompido...
Mas a triste vitória costurada
pelo falso cordão dos desempenhos
tem um gosto indigesto e corrosivo...
Não desejo a falência de vencer
por engenhos de pura decadência,
pra morrer de saber que não venci...

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

SOCIEDADE OBRIGATÓRIA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Somos uma sociedade postiça, dividida entre os criminosos e os que não são por força da lei. Os pecadores convictos e os temerosos do juízo final. Os cônjuges infiéis e os que não suportam a ideia de perder a família e dividir os bens. Os que não cumprem palavra e compromisso e os que temem o peso de um contrato assinado... os mentirosos e os conscientes do efeito de serem flagrados na mentira.
Canso-me de mim próprio e da cidadania obrigatória. Da pureza de cabresto e da fidelidade sem saída. Da honestidade assombrada e a verdade no tronco; no fio da navalha; no pau-de-arara. Sei, no entanto, que jamais seremos a sociedade perfeita: sem polícia, justiça instituída, carimbos, tratados, religiões e avisos, pelo simples caráter do ser humano perfeitamente sábio na utilização do livre arbítrio.

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terça-feira, 18 de novembro de 2014

GUERRA PASSIONAL

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Esse amor abismal com que me odeias
faz rodeios, inventa mil motivos,
lança teias pra ver se me abduz
e me cola na cruz dos teus caprichos...
É assim que me queres; fogo a fogo,
no teu jogo cerrado e passional,
numa guerra sem trégua, regra e honra,
pois seria teu fim me ver em paz...
Tua raiva me caça feito louca,
tua boca me ofende com desejo,
teus ataques confessam teu querer...
Falta chão aos teus pés quando me vês,
teu olhar, tua tez, tudo me come
com a fome raivosa da paixão...

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O AMOR COMO PRINCÍPIO

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Quando quero ou não que a Júlia faça algo, jamais aponto para os efeitos futuros de sua possível desobediência. Ela sabe que se não me "obedecer" não levará uma surra, não será destratada, castigada nem deixará de ganhar o presente ou passeio prometido. Sabe apenas que ficarei decepcionado, não como forma ou estratégia de represália, mas naturalmente. Sabe ainda, que a desobediência de um filho é algo muito grave, não importa o que acontecerá ou não depois. Tive a graça de bem cedo conseguir fazê-la entender a dimensão negativa desse ato, às vezes me usando como exemplo negativo. De positivo, apenas o drama de consciência que os erros me causaram, quando fui meu próprio acusador.
Faz bem pouco tempo conversei demoradamente com minha filha, para me redimir do erro de lhe ter permitido, em nome do sossego, o que muitos chamam de uma pequena mentira. Tive a chance de lhe dizer que a mentira nem sempre tem "pernas curtas". Muitas vezes ela tem asas e ninguém as alcança nem descobre, de forma que o mentiroso fica impune para sempre. No entanto, mentir é grave. É traição. Não devemos fazê-lo, porque com isso, fazemos os outros sofrerem. Desrespeitamos o próximo. É em nome do próximo, das pessoas que amamos e outras que nos rodeiam, que não devemos mentir, ofender, bater, roubar, matar. Nada de "Deus tá vendo"; "a polícia pega"; "o castigo vem". Sei muito bem em que mundo nós vivemos, e a Júlia já começou a entender que muitos mentirosos se dão bem, dentro do contexto negativo e vulgar de se dar bem. Os políticos são um exemplo clássico dessa verdade. Ela já percebe, de alguma forma, que muitos seres humanos roubam, matam, prejudicam, não pagam o que devem, praticam toda sorte de abusos e seguem livres, impunes, fisicamente saudáveis e queridos na sociedade. Sendo assim, não é por causa do "troco" presente ou futuro que ela deve ser uma pessoa direita e honesta, e sim, porque isso é certo, porque o ser humano deve ser assim para que o mundo seja melhor. Para que a felicidade seja possível.
Sempre de forma simples e leve para seu entendimento, também digo a minha filha que ela deve ser solidária, fazer o bem, perdoar, pedir perdão, mas nunca pensando em recompensa. Já a fiz entender que nem sempre ou quase nunca os outros serão solidários com ela. Nem sempre ou quase nunca ela terá o reconhecimento pelo que fez, proporcionou ou deu. Muitas vezes perdoará e será de novo magoada, como tantas vezes pedirá sinceramente perdão e não terá. Mesmo assim, esses preceitos devem ser seguidos e observados, não levando em conta o que virá do outro lado. Nossa parte há de ser feita sem nenhuma cobrança da outra parte. Aprender a ser uma "boa pessoa" para que o mundo seja bom com ela, é aprender a ser hipócrita. Dar com a mão direita de forma que a esquerda veja. Fazer filantropia para que a sociedade admire. Promover a paz para, quem sabe, ganhar o Prêmio Nobel, e não porque entende que a paz é essencial para a humanidade.
Quero que a Júlia seja melhor do que eu. Bem melhor. Tenha virtudes que nunca tive, mas hoje tento ensinar enquanto aprendo. Não quero contar de novo com a sorte que me coroou, de ver a Nathalia, minha primogênita se tornar a grande pessoa que é, sem grandes méritos meus. Mesmo não contando com a experiência, os conhecimentos e as visões de mundo e vida que ora tenho, adquiridos com grande sofrimento. E boa parte desse grande sofrimento é outro item dispensável na vida de qualquer pessoa, se houver quem possa orientá-la sobre como amadurecer feliz. Amadurecer no pé. Ser pessoa íntegra não por medo, opressão, hipocrisia, interesse, troca ou egoísmo, e sim, por amor. Amor ao próximo e a si mesmo como extensão do próximo, tendo sempre a consciência como promotora de acusação dos erros.

PRETEXTO PARA SER MINHA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Nos meus braços de puro enforcamento,
beba o gosto salobro destes lábios;
leia o peso que levo sobre os passos,
entre os traços profundos do meu rosto...
Tenho jeito, é só ter o seu carinho,
ser amado apesar da minha carga,
sou espinho que pode vingar flor
onde amarga o pior do que se é...
O que peço é que veja um lado bom
ou invente o seu dom de me aceitar,
como simples pretexto pra ser minha...
Filosofe que sou um ser humano,
há um plano maior pras nossas vidas
numa vida sem tempo pra temores...

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

PASSARINHA


VIDAS DE UMA VIDA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Uma vida bem fértil; de muitos fazeres;
muitas quedas, viradas e voltas aos pontos;
dores quentes, prazeres, verdades e sonhos
que não foram verdades, ou às vezes sim...
Tive tantas paixões, que me fogem à conta;
fui alguém de alma tonta e fui sóbrio pra ser,
porque vi que viver exigiu recondutas
nos momentos limite; nas beiras de abismos...
Nesta hora me aninho pra chocar lembranças
que não geram filhotes, mas me servem vinho
de saudades bem doces, mesmo quando amargas...
Vejo a morte bonita, com véu e grinalda,
mas ainda pretendo me atrasar pro ato
e me cato sem pressa de me concluir...

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O CASAMENTO E A MOSCA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Excluindo-se os casos de traição, o que determina o fim de um casamento é o acúmulo de futilidades. Elas agem na vida a dois como aquela mosca impertinente que no começo enxotamos com certa calma. Na segunda ou terceira vez, um tanto mais irritados, e na trigésima quarta, cuspindo marimbondos.
As futilidades moram na rotina como a rotina pertence aos laços estáveis. Temos que aprender a conviver com elas, como convivemos com moscas, baratas e fezes de cães. Especialmente nestes tempos em que outros itens de futilidade, como as redes sociais, curtidas ou não curtidas em perfis e desentendimentos de ordem cibernética geram incidentes medíocres que supervalorizamos, tornando-os incontornáveis dentro e fora de casa. 
Os problemas internos realmente sérios, ou realmente problemas, unem os cônjuges. E a cada vez que ocorrem, há um fortalecimento surpreendente; os laços se renovam. Como se trata de causas sérias e profundas, a seriedade dignifica. O casal se respeita pela nobreza da busca de uma grande solução.
Das futilidades, ou da mosca reincidente, nascem os olhares pejorativos; as palavras depreciativas; a não admiração e os atos de pouca estima e respeito. Por isso, a irritabilidade crescente com o que não deveria ganhar vulto. E quando o casal já cospe marimbondos, não tem jeito: como a mosca vai e vem sem se deixar alcançar, mata-se a relação  

terça-feira, 11 de novembro de 2014

FILHO DA MÃE

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Sou do tempo das mães extremadas e loucas
Pelas proles extensas, os filhos em série,
Conheci as mães roucas de muito gritarem
Seus avisos, pedidos e premonições...
Tive mãe nesse tempo em que as mães não dormiam,
Não viviam pra si, só pra suas ninhadas,
Tinham medos do mundo que cercava os seus
E sabiam que “Deus” não seria babá...
Fui um filho de mãe que não tinha controle,
Nada era bastante pra me ver seguro,
Via sempre o futuro a lhe pedir urgência...  
Houve o tempo em que as mães eram puro exagero, 
Desespero de amor, agonia de paz,
uma dor que jamais as tornou infelizes...

FRANCO ATIRADOR

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Renato é louco por negras.
Maurício sempre quis ruivas.
Ao mesmo tempo João
bate o pé, não abre mão
daquelas moças bem brancas...
Marcelo sempre foi fã
das nordestinas porretas.
Antonio adora morenas;
Armando é mais radical,
prefere pretas bem pretas...
Enquanto isto se sabe
que a preferência de Rafa
não é morena nem ruiva;
não é chinesa nem índia...
é só jogar a tarrafa.

OPINIÃO ROUBADA

De que adianta pedirmos uma opinião sincera, se o nosso tom de voz intimida e exige o endosso de nossa máxima?

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

RECONSTRUÇÃO

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Reatar meus extremos e voltar pra mim,
dar começo ao meu fim pra caminhar de novo,
pra caber no futuro a partir do presente
que desmente o passado ao resgatar meus grãos...
Exalar do morrer que não se quis assim
e da minha omelete refazer um ovo,
desenhar a minh´alma na folha da mente
para o corpo caber entre as linhas das mãos...
Vou cair de mansinho dos voos que dei,
transgredir essa lei de só seguir além,
ser liberto por crime de sã consciência...
Consertar uma história que não tem conserto,
pôr enxerto no tronco daquela verdade
que me pede mudança e preciso atender...

VIDA POR VIDA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Já não gasto meu lume com gente sombria;
que resvala, ressente, mais mia que fala;
tem os olhos de ocaso e semblante contrito
como quem nunca sai da masmorra que leva...
Não vou mais à procura de gente sem cor,
passageira da dor que por vezes nem há,
resguardada e que nunca se confessa bem,
porque teme que o riso a denuncie fútil...
Afinal me cansei dessa gente remosa,
pesarosa e com ares de pura mortalha;
tem um luto constante, uma nobreza fria...
Quero gente mais viva, menos recolhida,
dou a vida por vida e negocio sonhos
que não cedem ao peso dos que nunca dormem...

DOR

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Sonha, dor;
sonha que passa, 
que se cura,
ganha cor...
não é simples querer,
simples loucura
de sonhador...
sonha, dor.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

ONIPRESENÇA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Se você não está de bem com a vida, não adianta ir pro Caribe ou pras Ilhas Cayman, pois a vida está por toda parte.

PRA CIMA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Não há nada pior do que o pior... a partir daí, só melhora.

BURRICE

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Quando a genialidade congestiona o cérebro de quem não quer dividi-la com o coração, é que os gênios implodem... implodem de burrice.
A cabeça é arrogante, o coração é simples, e o ser humano precisa desse tempero para se preservar humano; pelo menos metade humano, se quiser vencer a si mesmo e conviver com o próximo. Se quiser ter próximo, não se distanciar do mundo e virar uma espécie solitária; espacial... espacial de tão especial... idiota e desgraçadamente especial.
É necessário ser simples para ser gênio... e gênio para ser simples, domar e administrar a genialidade. Não ser assim é burrice... é implodir.

LONGE DOS PÓDIOS

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Ter humor na cartola, pro pior da festa;
ser alguém que se apruma no cio do abismo;
dividir o mesmismo em milhares de cacos
e dar faces distintas; contextos diversos...
Nova cara-de-pau quando a minha quebrar,
uma flor por espinho que atravesse o ser,
pra deixar todo mundo sem graça e sem chão
por me ver consertado e disposto pra mais...
Hei de amar esta vida com todos os ódios,
correr longe dos pódios e ser vencedor
sem vencer as pessoas ou ferir o mundo...
Saberei sempre achar o caminho mais brando,
para quando as vaidades, todas elas vãs,
estiverem no inferno do engarrafamento...

PAIXÃO CAMUFLADA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Essa raiva gritante, abusiva e desenfreada que algumas pessoas têm de seus ex-cônjuges e aproveitam qualquer oportunidade para demonstrar, não é raiva. É paixão não curada e quase todos percebem... quase todos... menos os cônjuges atuais.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

PARA PENSAR ANTES, DURANTE E DEPOIS DE CADA ELEIÇÃO


Demétrio Sena, Magé - RJ.

Passadas as eleições, ainda se vê parentes e amigos estremecidos, porque um votou na Dilma e outro no Aécio. Este preferiu o Pezão, e aquele, o Crivella. Matilde adora o PT, mas Pedro é louco pelo PSDB. Na opinião de Zefa, Lula foi melhor do que o Fernando Henrique, porém, Arnaldo não acha. 
Minha cidade, por exemplo, tem aqueles que matam por determinada ex-prefeita, enquanto muitos morrem pelo prefeito atual. De alguma forma, todas essas pessoas têm seus ídolos políticos. Umas tietam alguns e dão marretadas em outros; outras, vice-versa. Como sou alienado e cético em relação a todos os aspirantes, detentores e pingentes dos poderes constituídos, apenas me calo e passo ao largo das discussões apaixonadas de quem reverencia o poder, não importa o lado, partido, facção nem quadrilha. Ademais, tenho mesmo essa mania de preservar os meus próximos, em nome da história que já tenho com eles. 
Cada um tem suas preferências, convicções ou quimeras. Desperdiça tempo, argumento, esperança e voto com quem quiser. Peço apenas que alguém responda sinceramente: será que algum desses trastes que agora estão ou que um dia estiveram lá realmente merece o estremecimento de nossos afetos? O sacrifício de nossas amizades?

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS DORES

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Apanhei de mim mesmo até saber, finalmente, que uma vida requer sim, algumas marcas... mas nem todas as que levamos foram realmente obrigatórias. Temos perfeitamente como viver e aprender sem certos traumas e sombras entre as cores de nossas mais que bem-vindas ilusões.
Foi aí que aprendi que o sofrimento, em determinados contextos e ocasiões é desnecessário. Inteiramente sem sentido e qualquer explicação plausível. Mesmo assim, ele porta o poder de transformar tais momentos em bem futuro. Suas marcas, ou até mesmo as marcas do que não deveria ter havido revelam sempre que dá para ser feliz, e com um tempero especial.
Agora sei que as boas fases também amadurecem. Que as alegrias ensinam tanto quanto as tristezas, o ranger de dentes e as frustrações reais ou inventadas... as que só não inventaríamos, caso pudéssemos prever o futuro.
Isto quer dizer que sei, também, que não há quem saiba o que sei agora, impunemente. Não há em todo o mundo, quem preste sempre atenção nas flores, e tão somente nas flores da missão. A verdade, nua e crua, é que nutrimos o vício de saber que as flores têm espinhos... até mesmo aquelas que não têm.