quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

MEU "BASEADO"

Há poemas que têm que ser poemas,
não importa se têm ou não razões;
criam temas, inventam seus enredos
como as ervas que nascem por si só...
Muitos versos não vêm da inspiração
nem têm fundo, alicerce, coerência,
são essências do nada e forjam tudo
entre os dedos que fumam a caneta...
O poema que agora se derrama
não odeia, não ama, não confessa,
só é mais uma peça em meu engenho...
É que agora não tenho o que fazer
que não seja um poema "baseado";
minha erva; meu vício de palavras...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

EDUCAÇÃO E CAOS

No dia em que os livros não obrigatórios (aqueles que podem ser escolhidos pelos alunos) forem definitivamente banidos das escolas, os inimigos da verdadeira educação (quase todos enfiados nas repartições da burocracia educacional) terão vencido a guerra que travam a favor da ignorância e da escravidão... itens que favorecem a política partidária que mantém tais repartições e os cabides nos quais serão mantidos os que assumem o "sacerdócio" de colaborar com o caos e a mercantilização vertiginosa do educar.

Magé - RJ, 23 de fevereiro de 2013. Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

AOS MOÇOS

São muitos os tombos que uma criança leva, para ficar de pé pela primeira vez. Depois outros tombos, para dar os primeiros passos. Não será diferente com um jovem quando a vida está só começando, fora de casa. Longe dos olhos de quem estava por perto a cada tombo; a cada choro de manha ou de lesão real.
Na verdade, um jovem é simplesmente alguém que aprende a andar sozinho... mais do que isso, aprende a cair e levantar, sem ter sempre à disposição aquelas mãos provedoras sem as quais parecia impossível prosseguir. Doravante, a vida será de muitos tombos e soerguimentos. Um novo e definitivo aprendizado para quem descobre que o mundo é mais do que sua casa, rua, escola, cidade ou turma.
Se na juventude a vida reserva novos amigos, virão também os rivais. Aqueles com quem disputaremos espaços, amizades, amores, vestibulares e oportunidades de trabalho. Rivais que podem ser amigos, mas com os devidos critérios de luta por um lugar ao sol.
É isso que torna o mundo interessante. Sempre haver o que buscar, por que lutar, como dar sentido à vida. Se agora estamos em um ringue, pode ser que o nosso oponente seja forte. Pelo menos o bastante para nos nocaltear. E se pensarmos que depois disso tudo será fácil, mais uma vez estaremos enganados. Virão novas lutas, novos nocaltes e frustrações até que um dia, para nosso espanto, começaremos também a nocaltear. Ganhar e perder, como aquelas pessoas que sempre ganharam de nós, mas perderam para outras.
Oponentes nem sempre são pessoas. São muitas vezes os próprios sonhos; os próprios projetos. Em alguns casos, escolhas equivocadas; o que nos fará bendizer lá na frente, o que hoje maldizemos. É que o tempo reserva tantas surpresas, boas e más, que as derrotas de outrora podem ser vitórias futuras, tanto quanto as vitórias presentes podem se revelar mais tarde as mais fragorosas derrotas. No fundo, viver já é uma vitória. Poder sonhar, lutar, fazer projetos e ter forças para não desistir já faz de qualquer pessoa um vencedor em potencial, porque lhe confere dignidade; cidadania.
Não é verdade dos apresentadores de televisão nem dos escritores de auto-ajuda, essa máxima de que tudo podemos. Podemos muito, mas não tudo, e isso não nos torna inferiores a ninguém, pois a regra é universal. O mais importante mesmo é nos conhecermos, para não tentarmos ir à lua sem haver foguete. No mais, todo sonho é mutável. Todo projeto é flexível, se também o somos. Temos que ter sabedoria para reconhecer a hora de mudar de rumo. Rever sonhos. Refazer projetos. Adaptar ou moldar nossa vocação, em nome da felicidade que não tem endereço fixo.
Seja feliz. Tenha fé na vida e no próprio dom de ser feliz. Vencer sempre, ser campeão a qualquer tempo não é próprio do ser humano. Aliás, os maiores índices de infelicidade, loucura, depressão e suicídio estão entre os que têm tudo, são tudo, não conhecem derrotas e já não têm para onde ir. Trancam-se dentro de si mesmos e nunca mais conseguem se libertar... a não ser de forma trágica.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

AFETO FERIDO

Planejei essa mágoa que agora te livra,
pois te acorda e faz ver que não valho esse amor,
minha flor tem espinhos além do que pode
pra ser flor que se toque; se colha; se dê...
Fiz um bem camuflado, escondido no mal,
neguei mel por saber que seria daninho, 
foram nãos aplicados pra depois do fim
perceberes que o sim seria pé sem chão...
Era mesmo preciso arrancar a raiz
que nem era raiz do que nunca seria
nada mais que utopia sem fundo e motivo...
Tenho minhas virtudes, porém as tranquei;
ampliei meus defeitos, que são desmedidos,
pra teus brios feridos te fazerem forte...

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

FANTASMAS OFICIAIS

A cada dia me convenço de que as repartições públicas de qualquer esfera são assombradas... é impressionante o número de carrancas, caretas, caras e bocas que resvalam ou pairam nos guichês, gabinetes, salas e saguões desses prédios frios; fúnebres; impessoais...

Magé - RJ, prédio da prefeitura, 19 de fevereiro de 2013.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

AMOR QUE SANGRA

Já conheço essa raiva de orgulho ferido,
sou teu mal preferido no bem que te faz
me afrontar duramente, mostrar essa capa
com que tapas a força da tua verdade...
Sei do quanto me buscas nessa fuga falsa,
quanto mostras me amar quando rosnas pra mim,
porque vem aos teus dentes um canto suave
que se quebra na trave da mágoa inistente...
Colo todas as peças do grande mosaico
e traduzo do hebraico a novela truncada
na qual sonhas comigo e sou teu pesadelo...
Foges mesmo ao encontro e me queres no pódio,
fazes tanto rumor e não sabes no entanto,
já conheço teu ódio; ele sangra do amor...

SE TE PERCO

Faço-me fácil de achar por olhos nos olhos;
peço-te a peça que falta pra ser feliz;
coração que não seja só decoração
(decoração pra coração é marcapasso)...
Coro-me da coragem de viver de amor,
amo-te tanto que amar-te conduz a marte,
faz-me mártir que vive de morrer por ti
como a vida convida já sem vida e causa...
Mas encontro a recausa e reconduzo a chama,
livro-te da desdita de perder a graça
de dormir no teu sonho e despertar no meu...
Dispo-te disto para te suprir daquilo
que te falta e me farta porque falta eco;
se te perco não peco por não ter tentado...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

MEU RECANTO

Há um mundo perfeito esperando por mim
lá no fim do meu dia e dos meus afazeres;
dorme o sonho ideal no silêncio e no cheiro
do pomar; do canteiro; do chão fecundado...
Minha vida melhor se derrama em meu canto;
venço todas as mágoas do portão pra dentro;
é meu centro de tudo, meu plágio de céu;
são momentos que suprem minha eternidade...
Meu retorno é vitória sobre o sem sentido;
sou despido, me troco, volto a respirar
sem o peso brutal da vertigem das horas ...
Uma casa modesta, um quintal sem requinte
moram sob o silêncio que afaga meu ser;
fazem ver que aqui fora não existe mundo...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

CRIAR COM RESPONSABILIDADE

Enquanto a idade lhe permitiu, a Nathalia foi criança. Criança mesmo. Não foi adolescente aos dez nem adulta aos quinze. Ainda na infância, passou por uma fase bem difícil, por minha culpa, e nem assim amadureceu precocemente. Suas saias eram rodadas, os vestidos largos e floridos, as brincadeiras de fato infantis. Nenhuma roupa colada ao corpo; nenhum excesso de maquiagem; nada em tons abrasivos ou berrantes; nenhuma brincadeira menos ingênua e nada, em nenhuma hipotese, de assistir a programas televisivos inadequados para sua idade.
Nem precisávamos proibir. A criação que lhe dávamos com palavras e atitudes de fácil discernimento foi suficiente para que nossa moleca não tivesse o desejo de atropelar o tempo. Teve seus dramas, como já foi dito, mas cada um desses dramas foi vivido sem adulterar sua idade ou impedir as experiências e descobertas próprias da faixa etária. Mais do que eu, a Eliana foi fundamental para o crescimento coerente da Nathalia, que hoje não é perfeita, mas é uma jovem de corpo e alma. Seus desvios inevitáveis de comportamento sucumbem ao caráter de pessoa sincera, honesta, incapaz de mentir e jogar com o ser humano, somado à grande capacidade de compreender e perdoar.
Quando passei um tempo fora de casa, pensei que o ritmo de criação da Nathalia seria descontinuado. Não foi. A Eiana manteve pulso e rédea, sem perder o afeto, e nunca tentou distanciar minha filha de mim. Também jamais a usou como escudo e peça de jogo. Depois do tempo normal de afastamento, pelo susto e a revolta, meu convívio com a Nathalia voltou ao normal. Não houve um só dia em que eu fosse privado de conviver, participar, orientar e restabelecer a confiança abalada pela tempestade.
Mãe consciente, ser humano sensível, pessoa de bom olhar sobre o mundo, além de uma educadora experiente, a Eliana não "aproveitou" para "soltar" a Nathalia ou impor uma criação distoante daquela que um dia combinamos. Não deixou de me respeitar, de agir em comum acordo comigo no que tange a Nathalia nem adotou a velha filosofia do "hoje ela está comigo e farei o que bem quiser, deixarei com quem quiser e a levarei aonde quiser sem dar nenhuma satisfação". Com isso, a nossa filha não foi exposta; jamais viu sua integridade física, psíquica e moral ser apostada. Quando não estava comigo, estava com a mãe. No máximo com a avó e/ou duas tias bem presentes em sua vida. Havia uma "cuidadora", pessoa muito bem recomendada, quase da família; mas ainda assim, com a presença ou a proximidade de pelo menos um responsável consanguíneo.
Sempre houve quem dissesse que prendíamos muito a Nathalia, e que por isso ela poderia se tornar uma pessoa incapaz de agir sozinha; caminhar por conta própria. O fato é que preferimos pecar por excesso a pecar por falta ou escassez de zelo, devido à consciência dos tempos que atravessamos. Se o excesso de zelo pode mimar uma pessoa, isso tem solução. A falta ou escassez de zelo, isto sim, pode gerar traumas incorrigíveis como consequência comum da liberalidade, a "mente aberta" e a confiança irrestrita de quem aposta sem reservas no caráter presente ou futuro de adultos que não têm compromissos consanguínes com seu filho ou filha menor.
A Nathalia cresceu. Começou a namorar no tempo adequado. Faz faculdade à noite numa instituição longe de casa, trabalha, e aos vinte anos ainda não tem relatos de situações que a tenham embaraçado. Resolve os próprios problemas e assume desafios. Foi criança com alma de criança, é jovem com alma jovem, e pelo visto, não será daqui a muitos mais uma criança inadequada; uma "gatinha" da terceira idade; uma garotinha hiperativa e frustrada que se finge dona de si, mas no fundo ainda procura os pais ausentes que a fizeram amadurecer à força.
Hoje a Nathalia sabe que o exercício de sua infância foi respeitado e mantido com responsabilidade. Que o seu bem estar e a integridade pessoal não dependeram da sorte nem do caráter de pessoas que, se quisessem, teriam lhe feito mal. Dependeram sim, da rigidez de critérios de seus pais. Da nossa intransigência magoasse a quem magoasse, quando estava em questão sua segurança. Ela brincou, teve colegas, mas era segura de que a qualquer instante de seus anos mais frágeis tinha sempre ao alcance os olhos ou ouvidos de pelo menos um de nós, caso precisasse.
Foi essa formação que no meio de todas as intempéries de algum tempo teve a capacidade de manter nossa filha com uma personalidade sempre adequada ao seu corpo e à sua idade.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

TURRICE

Por temer desafio
que me leve à mudança
de postura e conceito,
mergulhei no vazio
dessa longa esperança
de que tudo vem feito...
Lá no reino de "Alice"
onde a vertigem medra,
despertei de repente:
uma pedra me disse
que se tornara pedra
por ser intransigente...

NOVA HISTÓRIA



Hoje leio em teu rosto essa voz que suplica,
Mas me faço de cego pras letras e os tons;
Nada fica em meu peito, se quero esquecer,
Foi assim que limpei os meus cantos de ti...
A minh´alma festeja ser minha de novo,
Meu espelho anuncia que meu rosto é meu,
Os estorvos noturnos não me pegam mais,
Pois voltei a ter noites pra dormir sem medo...
Sempre soube que o tempo me consertaria;
Não sou mais avaria do quanto me usaste,
Renovei cada peça de minha estrutura...
Já não quero te ler, tenho livros melhores,
Minha estante se livra dos títulos vãos
E teus nãos hoje meus me convidam pra hoje...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

POUSO NO PASSADO

Pouso aqui pra voar e rever sensações;
vim posar pras lembranças que me fotografam;
que me prendem nos vãos da saudade sem fim;
tudo em mim é passado por deixar fluir...
Deixo a casca e me vejo de fora e do alto,
fico e vou sem saber como dá pra ser dois;
o depois é depois e por mim nem seria,
pelo medo que tenho do que pode ser...
É momento e bem sei, mas o faço infinito
em um grito calado que me põe aquém
do sem fundo que o fundo procura esconder...
Venho aqui pra saber que o passado é presente;
pra surfar nesse vento e viver outra vez;
desmentir o que mente sobre haver futuro...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

CORAÇÃO RACIONAL

Sempre tive a navalha pra talhar meu cisto;
nunca fui um lacaio, como não fui rei;
se não sou Barrabás não me faço de Cristo,
não sou fera do bosque ou ovelha de grei...

Descartasse Descartes, nem teria lei;
igualmente não pairo sobre um filme visto;
sei que sei muito menos do que sei que sei,
porém sei qualquer coisa e por saber existo...

Sinto muito, então penso à medida que o faço;
ao sair pro futuro abasteci meu passo;
embrulhei horizontes, me dei de presente...

Levo tombos e o mundo me pega de assalto,
mas as dores de alguém que não cai de tão alto
são curáveis; por isso, parto novamente...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

PATERNIDADE

Choro todas mágoas que as entristecem, tanto quanto me alegro em cada sorriso que banha seus rostos. Para mim tudo é doce ao sentir que algo novo as adoça, mas todo gosto é sem gosto, se as percebo amargas. Este amor com que as amo é o meu mergulho sem fundo. A minha vida só se autoexplica no espelho de seus olhos que são a luz dos meus. O meu amor é o meu mundo que lhes dou inteiro... e meu deus é a graça de lhes ver felizes.
Não sei passar pela vida sem sofrer as quedas que a mesma lhes causa, e só sei levantar se as ajudo a fazê-lo com sucesso. Se as ajudo a sorrir, sonhar e vencer os desafios mais intrincados. É bem certo que o meu zelo muitas vezes falha, que o meu amor se mostra insuficiente, mesmo na sua infinitude, mas consigo me renovar quando vejo à frente um bom pedaço de caminho pelo qual ainda posso e preciso lhes conduzir.
No meu caso, viver tem a duração do que ainda lhes falta para serem plenas, independentes e realizadas. Morrer só será o desfecho, a culminância do quanto sou feliz, por ter sido agraciado pela paternidade. Isso é tudo que peço à vida: só se desgarre de mim quando eu tiver cumprido minha missão; feliz missão de preparar minhas filhas para o mundo.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

PARA QUEM ME MERECE

Se hoje tenho todo o tempo do mundo para ter amigos, amar, ser amado e não abrir mão de quem sou, é porque há muito venho poupando. Poupo tempo, me poupo e sei exatamente a quem, quando e por que poupar nessa busca do equlíbrio já conquistado, mas a exemplo de qualquer ser humano ambicioso, quero mais e mais.
Não tenho tempo a perder com quem não sabe como ganhá-lo. Com quem diz a toda hora que não tem tempo a perder. Deixo gente apressada passar por mim, dou passagem às amizades urgentes que me "cortam" na estrada e sei que não posso prender amores breves, relações assoberbadas, qualquer tipo de relação sem raiz.
Meus olhos estão voltados a quem se deixa ver. Meu coração só pulsa por quem tem coração. Sou tão disponível quanto meu telefone sempre ligado para quem precisa ou quer me achar... para quem não tem "contatos" convenientes quando só lhe convém, por todos terem que se adequar ao seu tempo; à sua disponibilidade. Sou consistente com quem ou o que não quero, e definitivo com quem ou o que me deixo querer.
Administro meu tempo como quem corta gastos denecessários, onerosos ou fúteis. Não compra mais do que alcança ou gasta mais do que ganha. Não faz dívidas que não possa honrar nem joga fora o que ainda serve. Tenho palavra inflexível, sentimentos legíveis, atitudes notórias. Ninguém supõe ou intui quem sou... simplesmente sabe.
Tudo graças ao tempo que há tempos poupo, para me construir e criar um mundo perfeitamente viável à manutenção dos laços que valem a pena. Laços que não foram caçados a laço, por haver consciência de que as caças ariscas não merecem o esforço e a expectativa do meu afeto.
Meu afeto é de pessoa também ocupada, muito ocupada, mas que faz do tempo que tem, nada menos do que todo o tempo do mundo para quem merece... para quem merece.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

VOSSA EXCELÊNCIA

O que vem dessas cordas é vocal;
meramente vocal; não vem do fundo;
é fumaça de um mundo viciado
em fumaça; cortinas de quimeras...
Vejo muito projeto e nenhum ato;
só boatos que arrotam nas tribunas;
leio boas notícias e não vivo
essas boas notícias em meus dias...
As palavras que chegam feito chuva
lá do céu enganoso das tribunas
não atendem aos fatos; vêm ao léu...
Minha roça de sonhos busca essência
na palavra sincera; não na vossa,
pois nenhuma excelência tem palavra...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

PROCURANDO A OBRA-PRIMA

Pra fazer o meu poema
pelo menos mais ou menos,
vou aos deuses da poesia
e lhes peço "aquele tema";
dos demônios da malícia
tiro fogo; sal; pimenta...
Só aí me atiro aos versos,
dou a rima ou a não rima;
meu poema mais ou menos,
pelo menos mais ou menos,
vem dos dedos de quem sempre
quer compor a obra-prima...