A caneta vadia
fugiu da seção
na primeira mão
que lhe pôs os dedos...
Entre bolsos e pastas
de ralés e de castas
viajou tantas milhas,
tantos mares e chãos,
tantas mãos,
tantas ilhas,
cartas e ofícios...
De repente a caneta
peregrina, cigana,
sem clã, sem ninho,
desembarca na beira
desta escrivaninha...
Então acolho, acarinho,
ponho na coleira,
pois daqui por diante
a caneta é minha.
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