segunda-feira, 3 de novembro de 2014

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS DORES

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Apanhei de mim mesmo até saber, finalmente, que uma vida requer sim, algumas marcas... mas nem todas as que levamos foram realmente obrigatórias. Temos perfeitamente como viver e aprender sem certos traumas e sombras entre as cores de nossas mais que bem-vindas ilusões.
Foi aí que aprendi que o sofrimento, em determinados contextos e ocasiões é desnecessário. Inteiramente sem sentido e qualquer explicação plausível. Mesmo assim, ele porta o poder de transformar tais momentos em bem futuro. Suas marcas, ou até mesmo as marcas do que não deveria ter havido revelam sempre que dá para ser feliz, e com um tempero especial.
Agora sei que as boas fases também amadurecem. Que as alegrias ensinam tanto quanto as tristezas, o ranger de dentes e as frustrações reais ou inventadas... as que só não inventaríamos, caso pudéssemos prever o futuro.
Isto quer dizer que sei, também, que não há quem saiba o que sei agora, impunemente. Não há em todo o mundo, quem preste sempre atenção nas flores, e tão somente nas flores da missão. A verdade, nua e crua, é que nutrimos o vício de saber que as flores têm espinhos... até mesmo aquelas que não têm.

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