terça-feira, 5 de junho de 2018

REPRECONCEITO

Demétrio Sena, Magé - RJ.


O preconceito de gênero, que não se assume preconceito e não quer perder o controle da situação, criou uma condição velada para quem é, por exemplo, gay ou transexual. Quem é, “pode até ser”, mas não pode parecer que é. A pessoa tem de conter expressões, comportamentos e gestos públicos que a “denunciem” como tal. Trata-se de uma “sub-lei” criada por grupos que se perdoam e se autopremiam por seus preconceitos, graças à “generosidade” da permissão monitorada.
De certa forma, essa sub-lei se aplica ao preconceito racial, que também busca todas as formas possíveis de criar justificativas para se manter, como se não existisse. Grupos racistas - e hipócritas - “permitem” que o negro circule nos meios sociais, mas não tão à vontade, pois não conseguem aceitá-lo como semelhante, a não ser por força da lei. É como se dissessem: “Você até pode ser negro, desde que aja como branco, se vista como tal, faça coisas de branco e, se possível, pinte-se de branco”. 

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