quarta-feira, 9 de outubro de 2019

LIBERTO E NU

Demétrio Sena, Magé - RJ.
Só espere de mim o que se tem
de pessoas comuns; de ruas, praças,
viajantes de trem, aposentados
ou ativos de poucos afazeres...
Não espere de mim só gestos raros
nem olhares profundos, mão no queixo,
não me deixo virar um ser barroco
entre verbos de grave conjugar...
Sou poeta, me coube a poesia,
mas o mundo me faz coloquial;
cada dia me põe no seu contexto...
Ou alguém que o poema não lapida,
põe a vida no crivo de seus olhos
e se deixa seguir liberto e nu...

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