segunda-feira, 25 de setembro de 2023

SEM O SINAL DA BESTA

Demétrio Sena - Magé

Recentemente, uma jovem conhecida minha foi chamada para uma entrevista empregatícia em uma clínica médica. A primeira pergunta que lhe fizeram foi se ela era evangélica. Se a resposta fosse sim, que dissesse de qual segmento e unidade. Se fosse não, a entrevista já estaria encerrada.
Essa jovem foi membro de uma Igreja Evangélica Wesleyana. Faz tempo que se desligou. Talvez não devesse tê-lo feito, por questão de sobrevivência. Atualmente, as portas da sociedade se fecham para quem não é membro de uma igreja evangélica. São pouquíssimas as inclusões sociais, profissionais e outras, por mais preparo, competência e caráter que se tenha.
E a jovem não mentiu. Disse que não é mais evangélica nem pretende voltar a ser. Que daria o melhor de si como ser humano, social e profissional, caso fosse aceita, mas não; não diria que ainda é evangélica. Uma eventual mentira, certamente lhe daria a vaga, pois a clínica gostou muito do seu currículo, afora o detalhe da religião, mas a moça em questão jamais mentiria.
Mais uma vez, a jovem voltou sem o emprego. Ela não tem o sinal da besta. Continuará se deparando com as portas da sociedade fechadas para ela. Dificultando seu ir e vir. Suprimindo seu direito a "comprar, vender, casar, dar em casamento...".
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