quarta-feira, 17 de outubro de 2012

AMOR SEM CHÃO


Seu querer virou ócio nesse ofício;
uma espera por mim é mau negócio;
já não posso estornar um sentimento
que rompeu as fronteiras do que foi...
Desnudei os meus olhos de vesti-la,
sua imagem deixou de ser meu fraque,
meu conhaque, o pileque de sentidos;
coquetel de carências e desejos...
Desatei os meus nós e o nós que havia
numa velha ilusão que foi só minha;
seu afeto-surpresa chegou tarde...
Já não tenho quintal pra cultivá-la;
desocupe o seu peito e sua mente,
passe à frente as arrobas do seu corpo...

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