quarta-feira, 3 de outubro de 2012

SAUDADES DE NADA


Foste flor no deserto estendido em meu ser;
Cuia d´água nos lábios rachados por sol;
A visão do que os olhos pediam cansados
De não ver nos momentos de maior vazio...
Um oásis nas dunas desta solidão,
Boia solta no mar do cansaço profundo,
Cor viçosa perdida no chão desbotado
Deste mundo que arrasto sem saber pra onde...
A visão do momento em que dormi um pouco;
Sonho breve aplicado nas feridas d´alma;
Uma calma ligeira no céu tormentoso... 
Nunca soube quem foste, porque foste logo;
Só pousaste no fogo das minhas angústias
Para seres lembrança do que não vivi...

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