sexta-feira, 12 de outubro de 2012

AMANTE ARISCO


Caço amor na frieza dos rostos que passam,
busco essência e verdade no dom da beleza,
quero mais do que os cultos prestados à pele;
ao espelho dos olhos; às formas do corpo...
Amo a voz de quem diz no momento em que fala,
dou ouvidos atentos ao silêncio sábio
de quem sabe onde cala, o que berra e sussurra;
tem o lábio abonado pela transparência...
Vejo além, mais profundo, pra lá do que vejo,
muita coisa diverge das tintas do mundo
e dos breves lampejos do que pode ser...
Vem me amar no que sou, ser quem és ao meu lado,
sou alado e me assusto se meus olhos voltam
das paredes de alguém que se pinta ou camufla...

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