quarta-feira, 17 de outubro de 2012

BORBOLETA


Acredito na sorte que o trabalho tece,
no destino possível para quem o traça,
tenho fé no poder de uma prece concreta
pela graça que nunca descerá do céu...
Semear pra colher é meu rito sagrado,
minha paz vem da força para querer bem,
meu arado é a tábua dos dez mandamentos
que não cumpro por medo nem superstição...
Nada pesa em meus ombros, levo com prazer,
nunca tive uma cruz, uma pedra tamanha
pra mover com gemidos ou ranger de dentes...
É que dou à tragédia uma nova versão
e renovo a missão no renascer das asas;
viro larva e me viro; viro borboleta...

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