sexta-feira, 26 de outubro de 2012

SOBREMORRENTE


Nadou e nadou;
a vida lhe disse
nesse nado a nado,
para cada nada
"não dou e não dou"...
E foi no que deu:

O nadador
tornou-se alado,
nadou pro vácuo...

Nadou para nada,
por todo nada,
pelos vãos dos nãos,
todos os nuncas
do para sempre...

Nadou e nadou;
na brisa, no mar,
às vezes na terra...

Foi tanto nadar, 
foi tanto nada,
que a fada dos nadas
(fada nadinha)
viu tudo aquilo
e qui-lo ao lado...

Fim de linha...

Nenhum comentário:

Postar um comentário