Sei quem sou, mas perdi a identidade
quando achei que teu corpo a firmaria,
vi teus prados e tive a ingenuidade
da esperança de minha sesmaria...
Solitária e secreta romaria;
busca infértil de paz, felicidade;
ao te achar não pensei que somaria
mais loucuras à funda insanidade...
O teu corpo é o invólucro do nada;
latifúndio que serve de fachada,
maquiagem forjando o teu avesso...
Tens um rosto, mas falta-te uma cara;
a tu´alma é desvão que se mascara;
és quem sei, mesmo assim te desconheço...
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