Demétrio Sena, Magé - RJ.
Só tenha
calma e consinta... e se permita. Sinta os panos etéreos dessa fantasia que nos
veste. Forme sutilmente comigo essa cumplicidade velada... que não podemos
confessar a nós mesmos... apenas vivê-la, nos limites bem próprios do não
poder.
Não tenha
medo, entretanto, porque sabemos que sonhamos sem alvo. Sem nenhuma pretensão
pra depois. Nossa única esperança é a de podermos manter uma esperança,
costurando imagens... estilizando o que jamais avançará o campo da idealização.
Só assim
nos provocamos a salvo. Trocamos desejos, com olhares secretos que ninguém sabe ler.
Negociamos armadilhas ocultas em gestos dissimulados. Adivinhamo-nos
mutuamente, protegidos pela própria bolha da probidade que nos rodeia.
Grande pensador! Admirável poeta.
ResponderExcluirIvone Boechat