Demétrio Sena, Magé
– RJ.
Sei que nunca fui
sábio; só sabão;
minha carta não
soube ser cartão
quando mais precisei
me apresentar...
Mas cansei; ao
cansar virei canção,
virei ave, cresci,
sou avião,
alcancei meu espaço
pelo ar...
Meu caminho cresceu,
é caminhão,
fiz da poça caldeira
de poção
ao notar como é
mágico viver...
Eu saí do comum pra
comunhão,
nunca mais me
fizeram de pagão;
desde quando
acordei, pago pra ver...
Vou sem lente, não
quero lentidão,
faço coro ao que vem
do coração,
sem perder o teor de
minha mente...
Forjei aço com
sonhos em ação,
tive raça e da raça
fiz ração
pra ter forças e
sempre andar pra frente...
Terminei o plantão;
a planta enfim,
dá seus frutos; a
vida ri pra mim;
tive perdas, mas
tenho meu perdão...
A tristeza não faz o
velho efeito
e ser só foi pro
sótão do meu peito;
já não solidifico a
solidão...
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