Demétrio Sena, Magé – RJ.
Ninguém é mais nem menos
inteligente porque tem ou não tem perfil em rede social ou porque no momento
não o está usando. Porque assiste ou não assiste novela. Nem porque gosta da
rede Globo ou da BandNews. Ama ou odeia o Lula. Grita ou não FORA TEMER.
O maior indicativo da
inteligência humana está em fazer o melhor uso de suas escolhas e preferências
e ser livre para perceber o que é bom ou mau no bem e o mal que ele
convencionou, se é que não foi levado a convencionar. É ser livre para mudar de
lado e conceito; para ser ou não aquela metamorfose ambulante cantada pelo Raul
Seixas e jamais dever nenhuma explicação a ninguém. Livre, sobretudo, para
conservar ou romper com ideologias cristalizadas, sejam marginais ou de ofício.
De esquerda ou direita.
Temos em todo o caso, que
reconhecer quando o outro tem razão, mesmo que o coletivo do qual somos adeptos
grite que não e teime que o outro nunca está certo em nada. Esse poder de
reconhecimento e confissão sincera é o parágrafo único dos credos, ideologias,
partidos, times e tudo o mais. Aprendamos a discernir o coletivo do singular e
as verdades de ofício e de grupo das que são pessoais e intransferíveis. Não
transformemos as lutas por conquistas coletivas em brigas particulares contra o
semelhante que pensa e crê diferente.
No fim das contas, pensar e crer
diferente não me torna superior ao próximo. Em nenhuma hipótese as nossas
diferenças indicam graus e degraus de humanidade. Sobretudo, não nos despojam
do status (ou do fardo) de semelhantes.
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