domingo, 9 de fevereiro de 2014

PRETÉRITO IMPERFEITAMENTE PERFEITO

Demétrio Sena, Magé - RJ.

O depois não é pra já. Nem o já será pra frente. Faz-se urgente a qualquer momento, que o antes fique mesmo para bem antes de ser agora... o presente marcado para ficar lá... nos domínios do nunca mais... do passado.
Com todas as transgressões de nossas fantasias, as coisas ficam em seus lugares. Não há nada que ocupe o tempo impróprio. Pretérito imperfeito é questão de língua. Tempo verbal. Não de tempo do tempo. Fugimos da realidade ao encontro do que seria, mas invariavelmente não será, tão apenas para cairmos no óbvio: o rio que retorna e deságua no que tem que ser.
Ludibriar o destino é o eterno por enquanto que flui de nossa vaidade. O destino não se aborta. Só se guarda e confirma. Ganha tempo e se amolda, e no fim de tudo, nada mudou. Tudo está no ponto exato: seu tempo; seu pretérito.
Até que a morte nos chame ou acorde pra vida, pensamos que tudo é mutação. Mas não. Tudo é definitivo e dá no mesmo fim. Ninguém contorna essa lei que determina: o sempre, sempre será sempre. O nunca, nunca deixará de ser nunca...
... e por enquanto é só.

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