Demétrio Sena - Magé
Estes tempos de leite sem lactose... de café sem cafeína... e sem álcool na cerveja... são tempos de veia que não lateja; de gente sem gentileza. Anos insossos, de doce sem açúcar; de mel de abelha que abelha não faz... e dos tratados de paz que não têm paz.
Vejo dias de milho sem amido, sexo sem libido, carne sem proteína... de água sem h2O; amarrado sem nó, inteligência artificial... de carne seca sem sal. Do boi sobre dois pés; o cérebro sem raciocínio; românticos sem romantismo... altruístas sem altruísmo.
Chegamos ao século da longevidade sem vida; da saída que não tem saída... verão sem calor e frio sem inverno... gente que fala do céu, mas parece que saiu do inferno. Estamos no aqui e agora que voltou ao passado; de livro sem texto, artistas sem arte.
É tanto brilho sem brilhantismo.... tanto isto sem aquilo... muito "fi-lo, porém não qui-lo", mas foi feito e pronto. Já virou mesmismo: é muito cristão sem cristianismo; ideal sem idealismo... patriotas e mais patriotas... que não têm nenhum patriotismo.
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Respeite autorias. É lei
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