quarta-feira, 26 de outubro de 2011

CORAÇÃO DE CERVO

Assumamos a culpa se o poço é sem fundo,
se no mundo são raras virtudes tão vís,
nossos bairros são ninhos de ratos e afins;
nossos sins ao desmando parecem sem termo...
Convenhamos que o caos começou no silêncio
que se fez do descaso a partir do começo
duma história que um dia roubaram de nós
pra não sermos ninguém na partilha das graças...
Está claro que somos dos mais obtusos
entre os povos de um globo cansado de tudo;
temos alma de ovelha, coração de cervo...
Somos servos do engodo, lacaios da farsa,
uma gente covarde que se rende à força
dos que têm os seus trunfos de poder e fraude...

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