sexta-feira, 21 de outubro de 2011

POEMA DE PARTO NORMAL


Que eu não seja o poeta escriturário
desenhando poemas retilíneos;
que faz versos ditados pela planta
uniforme das fôrmas das arcádias...
Meu poema dispense a geometria;
tenha sempre as medidas do bom gosto
mas exale formatos espontâneos
e se valha bem mais dos conteúdos...
Se vier empilhado que assim seja,
deixo a rima se o parto for normal,
quero tudo ao sabor da natureza...
Peço aos vates de chás e conferências
que não tentem forjar o verso estátua
no meu verso informal de chão batido...

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