sexta-feira, 21 de outubro de 2011

QUASE PRECE


Tento crer e me frustro; a razão te rejeita;
ponho cada receita num canto obscuro,
mesmo quando preciso de alguma poção
pra dar mais emoção aos meus dias aqui...
Subestimas meu senso do prático e justo,
queres dar ao que sinto a missão do que penso,
quando quase me deixo levar pelo conto
de que vives num ponto a velar por quem sofre...
De repente converso com nada e ninguém;
a figura do além com quem uso prenome
pra poder gastar verbo e fingir esta prece...
Acontece o que temo aos cuidados da mágoa,
solidão se acentua e minh´alma varia;
gostaria de crer, mas escapas da fé...

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