segunda-feira, 24 de outubro de 2011

VERSOS HUMANOS


Quando versos bem maduros
pendem rubros do pomar,
um poeta se dá conta
dessas contas que não fez,
quando a cica em seu verdor
deu sabor de fruta imprópria...
Muito menos quando estava
dando flor por entre os galhos,
pois a vida mal havia
lhe mostrado acima o sol,
revelado que a distância
é que azula o firmamento...
Esse vate acorda e vê
que os rompantes eram vãos,
o seu grito estava mudo
e seu mundo não havia,
porque tudo à sua frente
era indiferente ao mesmo...
Nasce um homem no poeta
para se assumir humano,
na verdade que o engaja
nesse ritmo dos tempos,
que tempera de razão
a versão de cada verso...

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