segunda-feira, 31 de outubro de 2011

MANIA DE NÃO GRANDEZA


O riacho me atrai, o mar nem tanto;
quero canto e me esquivo da cantata;
ter a lua na poça me contenta
muito mais do que auroras efusivas...
Meu momento resume a eternidade,
para mim o infinito está na esquina,
tenho mina de sonhos moderados
pelos quais tudo é pouco, mas é meu...
Nunca fui de cavar apoteoses;
entre as trevas e a luz quero a penumbra;
a mangueira me serve de mansão...
Conto estrelas enquanto não me cansa,
depois deixo que o sono feche o céu
na bonança da conta que perdi...

Nenhum comentário:

Postar um comentário