sexta-feira, 21 de outubro de 2011

EU TE POSSUO


Eu te desfolho
igual outono
e deixo ao talo...
Te depetalo
igual à rosa,
e te destrono
e faço minha...
Eu me lambuzo
igual de mel,
da tua goma...
E o teu aroma
eu tomo igual
a nave o céu,
fiéis a Roma...
Não me restrinjo
a nada menos
que tudo o mais...
Eu, tanto faz
que morra ou viva,
dos teus venenos
me delicio...
E te confesso:
Estou no cio;
e tão possesso
desta emoção, 
que nem atuo.
Eu te possuo
como o meu olhar.

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