Falo agora de amor, que a memória está falha;
a memória está folha que o vento carrega;
falta lenha e me resta pôr fogo na palha
em um verso melado; hiperbólico; brega...
Tenho só coração; a cabeça está cega;
pesco arroubos, derrames, ajeito essa tralha
nestas rimas tomadas pela pronta entrega;
burilando palavas que trago na malha...
Hoje falo de amor, estou mesmo sem tema
e me rendo a tal bula de fazer poema,
derramando-me a vulso no colo das pautas...
Dou a lua, os planetas, e ponho na conta
da minh´alma de porre; desarmada e tonta;
cachoeira queixosa do excesso de faltas...
a memória está folha que o vento carrega;
falta lenha e me resta pôr fogo na palha
em um verso melado; hiperbólico; brega...
Tenho só coração; a cabeça está cega;
pesco arroubos, derrames, ajeito essa tralha
nestas rimas tomadas pela pronta entrega;
burilando palavas que trago na malha...
Hoje falo de amor, estou mesmo sem tema
e me rendo a tal bula de fazer poema,
derramando-me a vulso no colo das pautas...
Dou a lua, os planetas, e ponho na conta
da minh´alma de porre; desarmada e tonta;
cachoeira queixosa do excesso de faltas...
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