sábado, 18 de janeiro de 2014

TERMINAL DO INFINITO

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Dia desses a gente se recorda;
nossa vida compõe um novo esboço,
mas primeiro te livra dessa corda
que parece apertar o teu pescoço...

Sai do fundo insondável desse poço;
vem aos olhos, te mostra sobre a borda;
cospe a vespa, descome o teu caroço
e me chama no tom de quem acorda...

Tem um tempo esperando pra ser novo,
há um mundo que volta pro seu ovo
como sábia lição de recomeço...

Mas não tarda pra dar o teu sinal,
pois o meu infinito é terminal;
minha espera já quer quebrar o gesso...

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