terça-feira, 19 de junho de 2012

ADÃO, EVA E A COBRA


É mentira que a cobra tenha tentado Eva para pecar. Na verdade, foi Eva quem pressionou a cobra fazendo-a contar segredos do bem e do mal. A fêmea de Adão sabia que aquele ser até então alado e inofensivo tinha liberdade para voletear sobre todos os pontos proibidos do paraíso e conhecer seus mistérios.
Curiosa como só ela, Eva se aproveitou de um momento em que a cobra pairava sobre uma flor: Deu o bote. Pegou-a pelas asas e ameaçou feri-la caso não lhe dissesse o que desejava saber. Foi assim que a mulher tomou ciência do bem e do mal, mas sobre todas as coisas, de como seduzir seu homem. No caso de Adão, ele andava entediado - e nem se dava conta - com tantas árvores, flores e animais em perfeita sintonia.
Também é mentira o que tanta gente afirma sobre o fruto proibido, que gerou a inquietação do casal e provocou a sensualidade, o desejo consciente de sexo. Não foi a maçã, e sim a manga. Quando Adão viu a fruta já descascada por Eva comparou-a com a região genitália da companheira. Maliciosamente, Eva lhe ofereceu a manga, e quando ele a chupou, quis repetir o ato no alvo de sua comparação. Gostou muito, sentiu prazer como nunca e popularizou a primeira variação sexual do ser humano. 
Por causa de tudo isso, Adão e Eva já não cabiam no paraíso, ou Jardim do Éden. Foram expulsos e nunca mais puderam retornar. Para o criador de tudo, o pecado supremo do casal não foi a desobediência. Nem mesmo a curiosidade. Foi a descoberta ou o despertar do prazer sexual, que mais tarde faria homens e mulheres capazes de tamanhas vilanias. O sexo ingênuo, para fins específicos de procriação protegeria para sempre, a espécie, dos efeitos adversos, a exemplo da aids.
Quanto à cobra, também expulsa do Jardim - convenhamos, injustamente -, veio a se tornar venenosa e rastejante, pois ainda perdeu as asas. Também pudera: Imagine uma revoada, por exemplo, de najas ou cascavéis nos expondo ao perigo de uma vingança em massa.  

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