terça-feira, 5 de junho de 2012

SAUDADES DE FILHO


Depois do pranto normal e do ranger de dentes, cultuo nesta noite o silêncio que me faz lembrar de minha mãe. Há pouco mostrei para minha filha, que ora dorme, a estrela exuberante que a sua avó se tornou ao nos deixar. A escuridão do terreno a torna bem mais brilhante do que se poderia ver da cidade.
Se minha mãe foi feliz por ter os filhos que teve, com todas as imperfeições, imagine a nossa felicidade por termos tido a mãe que tivemos. Ela foi perfeita como tal. Certamente não foi como ser humano, mas como mãe, não tenho dúvida. Hoje tenho certeza de que sermos apenas bons pais e boas mães não faz justiça ao que ela nos ensinou com sua vida. Temos que ser exímios; beirar a perfeição, não sabemos como nem se viremos a saber.
Mas tudo bem para nossa mãe. Ela nunca precisou de nada para nos amar tanto... Nem mesmo da certeza de nosso amor por ela.

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